Nova greve dos caminhoneiros? Paralisação do país vira questão
Uma iminente nova greve dos caminhoneiros está gerando preocupações significativas quanto à estabilidade econômica do país. O movimento, que ganha força como resposta a demandas por melhores condições salariais e estruturais para os servidores das agências reguladoras federais, poderia ter repercussões devastadoras em diversos setores.
Os caminhoneiros, que já protagonizaram uma paralisação de grandes proporções em 2018, agora ameaçam mobilizar-se novamente. O impulso para a greve surge como parte de um movimento mais amplo liderado pelo Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências), que representa mais de 11.000 servidores.
As agências reguladoras, responsáveis por áreas críticas como aviação civil, energia elétrica, saúde e transportes, enfrentam uma crise de pessoal, com mais de 65% dos cargos não preenchidos. Esta escassez compromete não apenas a capacidade regulatória, mas também a fiscalização e aplicação das normas essenciais para o funcionamento desses setores.
Além das demandas por equiparação salarial e reestruturação de carreiras, os servidores recusaram propostas de reajuste que consideraram insuficientes. O movimento ganhou força com uma operação-padrão, onde documentos e autorizações são liberados apenas no último dia do prazo legal, aumentando a tensão em vários segmentos econômicos.
Se a greve dos caminhoneiros se concretizar, setores como o de combustíveis, comércio exterior e indústria farmacêutica seriam diretamente afetados. A ANP e a Anvisa, por exemplo, são agências cujas operações críticas poderiam ser paralisadas, impactando desde a importação de combustíveis até a liberação de novos medicamentos.
O governo federal enfrenta agora o desafio de encontrar uma solução que atenda às demandas dos servidores das agências reguladoras e, ao mesmo tempo, evite uma nova crise de proporções nacionais como a vivida em 2018. A tensão continua alta enquanto as negociações seguem em curso.