Lula faz escolha assombrosa que pode impactar economicamente o país: Vai repetir erros?
Na última semana, o presidente Lula realizou uma visita à refinaria Abreu e Lima, localizada em Pernambuco, anunciando a retomada das obras e um ambicioso aumento de 150% na capacidade de refino. Contudo, a refinaria é, para muitos economistas no Brasil, um símbolo das falhas na política industrial durante o primeiro mandato de Lula.
A história da refinaria remonta a 2005, quando a pedra fundamental foi lançada com a intenção de construir uma planta em parceria com a Venezuela para processar o petróleo pesado do Caribe e produzir diesel no Nordeste do Brasil. No entanto, a Venezuela, então sob Hugo Chávez, não cumpriu seus compromissos de investimento.
Investimentos de instituições financeiras
O projeto recebeu investimentos massivos de bancos estatais brasileiros, como o BNDES, totalizando 20 bilhões de dólares, dez vezes mais que o orçamento inicial.
Em 2014, a construção foi interrompida devido a desvios de dinheiro para esquemas de corrupção revelados pela Operação Lava Jato. Atualmente, a refinaria opera abaixo da capacidade planejada e não é lucrativa.
Lula, no entanto, insiste em apresentar Abreu e Lima como símbolo de sua nova política de reindustrialização, ao lado do BNDES e do programa Nova Indústria Brasil.
Críticos afirmam que não há inovação real e que a abordagem parece repetitiva, semelhante ao programa de investimento em infraestrutura, o PAC 3, que também foi relançado.
Nova política industrial
A nova política industrial destina R$ 300 bilhões para setores específicos por meio de subsídios, empréstimos e participação em empresas. No entanto, a magnitude do pacote levanta questões sobre sua eficácia.
Não está claro se os fundos serão levantados pelo BNDES no mercado financeiro ou transferidos diretamente do orçamento do Estado para o banco de desenvolvimento.
Os empréstimos serão condicionados ao aumento da criação de valor local na produção, priorizando empresas locais em contratos estatais. Críticos argumentam que isso pode levar a preços mais altos para produtos locais, tornando-os menos competitivos globalmente e recompensando a baixa produtividade.